Em viagem ao Rio de Janeiro (RJ), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta quinta-feira (23/03) as obras de reconstrução do Museu Nacional. Em setembro de 2018, o museu sofreu um incêndio que destruiu partes da estrutura do Paço de São Cristóvão, resultando na perda de milhares de itens de coleções, acervos e artefatos históricos. A visita de Lula ao Museu Nacional foi a primeira de um presidente desde 1968, quando o marechal Artur da Costa e Silva esteve no local.
Desde os primeiros momentos após o incêndio, a UNESCO disponibilizou seu conhecimento técnico na área de museus e salvaguarda do patrimônio cultural para contribuir no enfrentamento dos primeiros desafios operacionais e iniciar o planejamento da recuperação. Em 2020, a UNESCO, o Instituto Cultural Vale e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) assinaram termo de cooperação técnica que implementou a estrutura de governança do projeto “Museu Nacional Vive”, que visa promover a restauração do Museu, além de reformar a Biblioteca Central e implementar um novo campus acadêmico no local.
Ainda no contexto emergencial inicial, por inciativa do Ministério da Educação (MEC) e com a doação de R$ 5 milhões, foi acordado o projeto de cooperação técnica entre a pasta e a UNESCO para definição de bases conceituais e técnicas. Nessa fase foi definida a reconstrução e a restauração do Paço de São Cristóvão, sede do Museu Nacional. Por meio de outro projeto de cooperação entre UNESCO e a VALE, já foram executados R$ 20 milhões em ações de gestão integrada e desenvolvimento de projetos técnicos de arquitetura, museológicos, museográficos e ações de reconstrução e intervenção.
Ainda no Rio de Janeiro, mais cedo, foi realizada uma cerimônia de retomada do Comitê Gestor que fará o gerenciamento do sítio arqueológico Cais do Valongo, reconhecido como Patrimônio Mundial em 2017. O Comitê Gestor é uma das exigências da UNESCO para a manutenção do título de Patrimônio. Participaram do ato a coordenadora de Cultura da UNESCO no Brasil, Isabel de Paula, o presidente do Iphan, Leandro Grass, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
