Comunicado de imprensa

UNESCO pede para que sejam intensificados os esforços coletivos de combate ao antissemitismo online

Por ocasião do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, 27 de janeiro, a UNESCO pede às empresas de mídia social que intensifiquem sua luta contra as informações online relacionadas a antissemitismo, negação e distorção do Holocausto. Como um primeiro e importante passo, a Organização já estabeleceu parcerias com as plataformas Meta e TikTok, mas ainda há um trabalho significativo a ser realizado.
Holocaust Remembrance Day at UNESCO 2023

À medida que temos um mundo com cada vez menos sobreviventes que podem testemunhar sobre o que aconteceu, é imperativo que as empresas de mídia social assumam a responsabilidade de combater a desinformação e proteger melhor as pessoas que são alvos do antissemitismo e do ódio.

UNESCO Director-General
Audrey AzoulayDiretora-geral da UNESCO

Aja online com moderação e educação

Quase 80 anos após o Holocausto, é preciso que haja uma maior vigilância para conter o aumento do antissemitismo, do discurso de ódio e das ideologias genocidas. Esforços mais amplos são essenciais para capacitar usuários e instituições de salvaguarda, bem como para garantir que todas as medidas tomadas estejam alinhadas com os padrões internacionais de liberdade de expressão e direitos humanos.

Em consonância com esses esforços, a UNESCO e o Congresso Judaico Mundial (World Jewish Congress – WJC) desenvolveram recursos online sobre a história e o legado do Holocausto, que agora são usados pelas plataformas Meta e TikTok para conter a disseminação de conteúdos que o distorcem ou negam.

A fim de garantir a confiabilidade da fonte, os usuários dessas plataformas são alertados quando consultam conteúdos sobre o Holocausto, bem como são incentivados a conhecer melhor os fatos ao acessar um site com conteúdo certificado. No ano passado, 3.426.436 usuários em 180 países visitaram o site AboutHolocaust.org.

Números alarmantes, especialmente no Telegram e no Twitter

Infelizmente, o antissemitismo, a negação e a distorção do Holocausto continuam a proliferar em todas as plataformas, e os números são alarmantes. Uma pesquisa realizada pela UNESCO e publicada em conjunto com as Nações Unidas em 2022 descobriu que, em média, 16% das postagens de mídias sociais sobre o Holocausto falsificaram fatos históricos, e essa taxa sobe para 49% no Telegram, que não conta com nenhum tipo de moderação.

No Twitter, em 2022, 17% das postagens sobre o Holocausto falsificaram a história. Contudo, a situação piorou de maneira considerável após a reviravolta ocorrida na empresa no final do ano. Em novembro de 2022, segundo os dados coletados pela UNESCO, ocorreu um aumento significativo dos níveis de conteúdo antijudaico, com um crescimento de 23% do uso de termos pejorativos em relação ao ano anterior.

A UNESCO também atua nas escolas para ensinar as crianças sobre o Holocausto

A UNESCO também implementa programas em todo o mundo para promover a educação sobre o Holocausto e o genocídio. Em fevereiro de 2023, a Organização e o Museu Memorial do Holocausto dos Estados Unidos vão oferecer treinamentos para funcionários dos Ministérios da Educação dos seguintes países: Brasil, Camboja, Colômbia, Equador, Grécia, Índia, Marrocos, Nigéria, Ruanda e Sérvia. Essa ação terá como finalidade desenvolver projetos robustos de educação sobre o Holocausto e sobre o genocídio nesses dez países.

Em 2023, nos Estados Unidos, a Cátedra UNESCO de Educação sobre Genocídio da Universidade do Sul da Califórnia e parceiros começarão a treinar professores, superintendentes e diretores para abordar o antissemitismo nas escolas. Este Dia Internacional marca o início de um ano de ações mundiais, em que a UNESCO vai trabalhar com os Estados-membros para abordar o antissemitismo por meio da educação em países como Áustria, Bélgica, Canadá, Croácia, Espanha, França e Itália, além de continuar as atividades com o Reino Unido e em toda a América Latina.

Eventos comemorativos no dia 26 de janeiro

A UNESCO organizou uma cerimônia de Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto no dia 26 de janeiro, incluindo uma apresentação da obra “Shoah para Violino Solo e Templo Sagrado”, de Jorge Grundman, pelo violinista Robert Davidovici, e um testemunho da sobrevivente Isabelle Choko, presidente da União de Sobreviventes de Auschwitz, da França.

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clare_o'hagan
Clare
O'Hagan
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